quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Entre bordéis e projeções política 



O retrato de 1950 no Brasil foi marcado por alguns bordéis, tanto em cidades pequenas, ao Nordeste, Norte e Sudeste do país - onde algumas cafetinas famosas recebiam clientes que variavam de jornalistas a tenentes e capitães, de jogadores viciados em cassinos a malandros de sinuca.
Eram casas famosas e super bem frequentadas, como o conhecido Conjunto dos Artistas, a Vila do Tempo, a Barnold Soares, a Ceci Saint Gomes entre outras, frequentadas por ativistas, artistas e grupos etnicos.
A casa recebia clientes desde espanhóis, franceses, alemâes e italianos a judeus e russos, que migravam, muitas vezes com a familia, para a cidade das "oportunidades" em busca de negócios na cidade grande.
Em uma época marcada pela imposição da igreja, entre a santidade e a prostituição, um tempo se formava em capitulos seguido de polemicas.
O retrato a partir de 1910 desde a arquitetura, a moda, as ferrovias, as igrejas, os bordeis e os cafés, imitavam o estilo francês e o segmento europeu que se estendia como modelo cultural.
Para as moças de familia, em época de repressão e tempo onde a igreja era uma fonte segura, alguns encontros em conventos aconteciam, distante dos olhos das familias que não aceitavam as relações.
Assim muitos casais precisaram fugir para viver um romance, visto com desaprovação entre familiares, que conservavam as desavenças, pelas terras ou pela falta delas, como as fazendas e diversas outras propriedades.
Em uma época onde um vendedor de flores era visto como "marginal" as possibilidades de um grande amor acontecer eram maiores, mesmo entre o ódio nutrido pelas familias -
 traduzindo a real esperança em capitulos virtuosos.
Com o fluxo em alta na migração principalmente de franceses, judeus, japoneses, italianos e espanhóis para o Brasil - modelos de mercado, padarias, fabricas de costura e armazéns se tornavam o foco para expansão e investimentos. Muitos deles, se casavam com brasileiras, ou as intitulavam de amantes - e estes encontros aconteciam na maioria das vezes em bordéis, que se misturavam ao antigo, como nova proposta e tendencia nas Relações.
Através do fluxo, da migração e dos encontros secretos, ideais e partidos políticos se projetavam naquele ambiente.
As viagens para o Nordeste tornavam pontos turisticos impreencindiveis para os passeios, explorar a cultura regional era uma das predileções, principalmente dos franceses, interessados na alta gastronomia e nas religiões locais como o Candomblé da Bahia, de Recife e Pernambuco.
O cenário voltado a política retratava desde confrarias a seitas secretas e consultas espirituais sobre as questôes do (des) governo, que apresentaria a partir do seculo XX indicios de catástrofes mundiais e um retrocesso em países menos desenvolvidos.

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