segunda-feira, 30 de maio de 2016

As funçôes dos departamentos

O presidente dos Estados Unidos Barack Obama levou anos planejando sua candidatura, quando conseguiu ser o eleito, o mundo antes de tudo, exaltou sua cor ao mérito como o novo presidente americano.
Antes de suas intenções, do seu programa político ou planejamento de Relações Exteriores, em junção com uma das maiores e polêmicas empresas brasileiras (EUA), surgia entre nuvens nebulosas como marca "Jesus ou Salvadores da pátria" visando o segmento da (petro) química, uma das maiores apostas dentro da política Internacional.
Segundo um artigo no Jornal O Estado de São Paulo, o continente asiático, principalmente a Índia se torna um dos países interessados na exportação de petróleo. Ou seja, os considerados países menos desenvolvido passa a fornecer.
Há alguns anos no Brasil ganhamos o dia da "Consciência Negra" e o Departamento de Igualdade Racial, que importa o conceito americano porém ignora produtos, tentando criar marcas independentes, substituindo apenas as etiquetas.
O Estilo (Comportamento) gangster, os modelos tecnológicos, os fundamentos cristãos, antes intitulado protestantismo que se torna prioridade nas "Dps".
Muitos homens ainda não deixaram as cavernas ou os segredos subterrâneos. Ainda existe o comunista e a divisão entre a esquerda e a direita - pouco entendida entre os brasileiros.Entendemos na prática a rincha entre os "operários e tucanos". A nova proposta e o novo cenário é a marca da economia, seguida do rótulo popular, que veste os Estados num formato (in) diferente e solicita verbas Municipais com foco em uma Arquitetura e Urbanismo desplanejada e sem qualidade.
Dentro das diversidades brasileiras, as minorias criam "vias ou situações" para defender direitos ligados a pré conceitos, criando novas siglas para partido político ou departamentos que dividem as ideologias apresentadas sem definição.
Nos Estados Unidos a partir de 2014 o casamento entre homossexuais foi um dos principais temas em noticiários/ veículos de comunicação, enquanto no Brasil o debate se forma nas ruas e nas paradas do Estado entre Rio de Janeiro e São Paulo.
Ainda somos, um país em contínua reformulação partidária, somos ainda, um país em desenvolvimento, seguido de altos e baixos acompanhado de escândalos ligados a corrupção. Ainda somos e seremos violados, ainda somos e seremos explorados e ainda perdemos o Ministério da Cultura e Ciência e deram novo corpo intitulado de Secretarias.
Independente do número de Ministerios, acredito na IMPORTANCIA DOS MINISTROS.

O Estado de São Paulo - Espaço Aberto

 Fernando Gabeira

Quando ouço a palavra Cultura, saco minha tesoura. É razoável que se pense assim num momento de crise aguda. Não entendo o fim do Ministério da Cultura.
O governo de Michel Temer nasceu de uma emergência, teve pouco tempo para se estruturar, sua tática e sua prioridade é correta : Reconstrução econômica e conquistar a maioria no congresso para aprovar as medidas saneadoras. Compreendo que o governo Temer ainda não tenha uma politica Cultural. Esta é a primeira crítica.
Secretaria ou Ministério, qual o melhor?
Depende, quando saiu da secretaria do MEC o Ministério da Cultura foi rebaixado. Perdeu a Roquete Pinto e a TVE. Gilberto Gil tentou recuperar a TV quando Lula a " recriou" e perdeu uma corrente que dirigia a comunicação.
Na França os dois são Unidos:
Ministério da Cultura e Educação.
Superficialmente o fim do Ministério foi saudado porque muitos viam nele apenas um espaço para cooptar artistas por meio de isenções fiscais.
O BNDES também cooptou empresários com juros subsidiados, vamos fechar o BNDES?
Uma coisa é economia, outra é Cultura.
Existem menções a Cultura e o planejamento econômico no plano Fernando Collor de Melo. Seu programa elogiava grupos culturais com sensibilidade empresarial. E no mesmo parágrafo também critica os que se apoiam nas costas do Estado para esconder sua mediocridade.
No governo Fernando Henrique Cardoso, José Álvaro levava o tema adiante com o slogan " Cultura é um bom negócio". Hoje acredito que não apenas a tecnologia e a ciência transferem valores. A Cultura sempre também fez. Trabalho com isso no cotidiano, documentando experiências que chamo de economia criativa.
O patrimônio artístico e histórico do Brasil vive momentos difíceis e ameaçadores. Trabalho também visitando de estátuas a obras de Burle Marx. Intelectuais como Mário de Andrade percorreram o Brasil colhendo expressões culturais, outros lutaram para que monumentos fossem preservados.
Acabar com o Ministério da Cultura (MinC) e anexa lo de novo a Educação nas mãos de um deputado não familiarizado com o problema é uma péssima escolha.
Existem situações em que o Estado financia um grupo artístico, porém grupos de reconhecido prestígio Cultural.
Se o problema for apenas a verba é preciso lembrar que se pode ter uma estrutura mais ágil com iniciativas privadas.
Os novos dirigentes devem perceber que dois importantes Ministerios foram fechados e deram o que falar, o da Cultura e Ciência. Espero que não confundam Cultura com um grupo de artistas. A indústria Cultural envolve milhares de trabalhadores.
José Serra assumiu a política externa. A Cultura tem um papel econômico simbólico em nossa relação com o mundo. Não conheço sua opinião, mas seria interessante saber como, para ele, Cultura e política externa se entrelaçam, que instrumento é o mais adequado para o governo.
Por favor, saquem suas tesouras,.mas também algumas ideias.

Educação de quarto mundo

Lya Luft


"Por que nos contentarmos com o pior, o medíocre, se podemos
ter o melhor e não nos falta o recurso humano para isso?"

No meio da tragédia do Haiti, que comove até mesmo os calejados repórteres de guerra, levo um choque nacional. Não são horrores como os de lá, mas não deixa de ser um drama moral. O relatório "Educação para todos", da Unesco, pôs o Brasil na 88ª posição no ranking de desenvolvimento educacional. Estamos atrás dos países mais pobres da América Latina, como o Paraguai, o Equador e a Bolívia. Parece que em alfabetizar somos até bons, mas depois a coisa degringola.

No clima de ufanismo que anda reinando por aqui, talvez seja bom acalmar-se e parar para refletir. Pois, se nossa economia não ficou arruinada, a verdade é que nossas crianças brincam na lama do esgoto, nossas famílias são soterradas em casas cuja segurança ninguém controla, nossos jovens são assassinados nas esquinas. Nossos políticos continuam numa queda de braço para ver quem é o mais impune dos corruptos, a linguagem e a postura das campanhas eleitorais se delineiam nada elegantes, e agora está provado o que a gente já imaginava: somos péssimos em educação.

Pergunta básica: quanto de nosso orçamento nacional vai para educação e cultura? Quanto interesse temos num povo educado, isto é, consciente e informado - não só de seus deveres e direitos, mas dos deveres dos homens públicos e do que poderia facilmente ser muito melhor neste país, que não é só de sabiás e palmeiras, mas de esforço, luta, sofrimento e desilusão?

Precisamos muito de crianças que saibam ler e escrever no fim da 1ª série elementar; jovens que consigam raciocinar e tenham o hábito de ler pelo menos jornal no 2º grau; universitários que possam se expressar falando e escrevendo, em lugar de, às vezes com beneplácito dos professores, copiar trabalhos da internet. Qualidade e liberdade de expressão também são pilares da democracia. Só com empenho dos governos, com exigência e rigor razoáveis das escolas - o que significa respeito ao estudante, à família e ao professor - teremos profissionais de primeira em todas as áreas, de técnicos, pesquisadores, jornalistas e médicos a operários. Por que nos contentarmos com o pior, o medíocre, se podemos ter o melhor e não nos falta o recurso humano para isso? Quando empregarmos em educação uma boa parte dos nossos recursos, com professores valorizados, os alunos vendo que suas ações têm consequências, como a reprovação - palavra que assusta alguns moderníssimos pedagogos, palavra que em algumas escolas nem deve ser usada, quando o que prejudica não é o termo, mas a negligência. Tantos são os jeitos e os recursos favorecendo o aluno preguiçoso que alguns casos chegam a ser bizarros: reprovação, só com muito esforço. Trabalho ou relaxamento têm o mesmo valor e recompensa.

Sou de uma família de professores universitários. Exerci o duro ofício durante dez anos, nos quais me apaixonei por lidar com alunos, mas já questionava o nível de exigência que podia lhes fazer. Isso faz algumas décadas: quando éramos ingênuos, e não antecipávamos ter nosso país entre os piores em educação. Quando os alunos ainda não usavam celular e iPhone na sala de aula, não conversavam como se estivessem no bar nem copiavam seus trabalhos da internet - o que hoje começa a ser considerado normal. Em suma, quando escola e universidade eram lugares de compostura, trabalho e aprendizado. O relaxamento não é geral, mas preocupa quem deseja o melhor para esta terra.

Há gente que acha tudo ótimo como está: os que reclamam é que estão fora da moda ou da realidade.