quinta-feira, 29 de outubro de 2015

O QUE EXISTE POR TRÁS DA ERA CINEMATOGRÁFICA?



Eu entendo a persona como uma qualidade do pessoal quando existe identidade. O que define o pessoal são os conhecimentos que adquirimos e as experiências que acumulamos. Existem fases e vive las no tempo "certo" é apresentar a ordem mental com naturalidade e organização.
A aptidão profissional aponta o talento ou a genialidade humana - ou o tempo vai determinando de acordo com cada condição e estrutura. A fábrica de diamantes ou de seres humanos brilhantes, que nasceram com talento artístico para realizar a arte sem melancolia, pessimismo ou frustração.
No capítulo 100 Anos de Cinema- 1995 - O Circo- Inácio Araújo descreve Charlie Chaplin como um ser irritante - em seu ponto de vista - com a seguinte descrição:
Charlie Chaplin sabia ser irritante!
Quem revê hoje Luzes da Ribalta sabe o que pode acontecer quando o palhaço resolve fazer chorar. Tudo chora: a música, a platéia, o personagem.
Talvez exista em O Circo uma centelha de Calvero, o palhaço triste, mas ela não domina os acontecimentos. Chaplin não se esquivava do melodramático, o que pode ser uma vantagem. Em seu cinema há lugar tanto para o riso, como para o choro, para bondades infinitas e perversidades insuperáveis.
- Em meu ponto de vista Chaplin foi genuíno e inspirador diante aos palcos.
Em 1889 nasce Charlie Chaplin, um grande talentoso que inovaria as telas do cinema.
Enquanto no Brasil o ano simbolizava a Abolição da Escravatura, na Europa o retrato era de Guerra- que entre arte se transforma em cinema mudo- Chaplin atravessou um tempo importante, ironizando com talento um cotidiano. E até 1977 o grande cineasta deixa sua marca registrada no mundo.
A crítica é um hábito no universo artístico voltado a comunicação em geral. Entretanto a interpretação é muito particular e gera uma onda de valores onde cada um tira suas conclusões. Existe como registro os considerados polêmicos, que fizeram história no cinema, no teatro e na música.

Hilda Furacão ficou conhecida depois da minissérie transmitida em 1998 - Hilda Furacão. Foi interpretada por Ana Paula Arósio, em seu primeiro papel de protagonista. A história foi adaptada de um romance do jornalista Roberto Drummond (1933-2002). Parte do livro se passa em um clube de ricos de Belo Horizonte, onde a personagem seduzia os jovens promissores da sociedade.

A estilista famosa Zuzu Angel investigou até o fim de sua vida a morte de seu filho Stuart Angel - O militante assassinado aos 26 anos em Maio de 1971 pelos órgãos de repressão, no auge da ditadura militar. Usou a sua arte como arma para denunciar no exterior a ditadura militar.

Ícones da música como Tim Maia, Elis Regina, Cazuza entre outros, nos deixaram as melhores discografias. Algumas biografias que descrevem uma vida a partir das lentes dos autores. Considero o livro Vale Tudo - O Som e a Fúria - escrito por Nelson Mota uma indicação. Conta a história de Tim Maia desde sua infância e juventude, no bairro da Tijuca e sua vida conturbada nos Estados Unidos.
Todos atravessaram um momento histórico, de transição, onde a repressão sob o regime militar era muito forte em cima do universo e movimento artístico. Foram sem sobra de dúvida artistas que contribuíram para a fusão de qualidade musical.
Foram interpretações que continuam todo enredo atual, sobre questões e avanços tecnológicos como:

"Alô Alô Marciano - Elis Regina
Aqui quem fala é da Terra
Pra variar estamos em Guerra
Você não imagina a loucura
O ser humano tá na maior fissura

Solidão Que Nada - Cazuza
Cada Aeroporto, é um nome num papel, Um novo rosto, atrás do mesmo véu, alguém me espera e adivinha no céu
Que meu novo nome é
Um estranho que me quer
E eu quero tudo no próximo Hotel, por mar, por Terra
Ou via Embratel,
Ela é um satélite e só quer me amar
Mas não há promessas não, é só um novo lugar.

Imunização Racional- Tim Maia
Já virei calçada maltratada e na virada quase nada, me restou a curtição, já rodei o mundo quase mudo, no instante, num segundo este livro veio a mão...

A indústria Cultural preserva ainda grandes nomes, de forma otimizada, com o intuito de vender mais e expandir preservando artistas que contribuíram com perfeição para a revolução musical.
Em um novo tempo, onde cantar, escrever ou representar, se apresenta de forma mais técnica somado a sensibilidades desenfreadas, sem entendimento sobre questões que nos rodeiam há muito tempo - principalmente sobre temas políticos. Quando o assunto é transição destacando Cultura e a sub divisão que nos cerca, nunca existiu problemática, mas polêmica, o grito de passageiros que enfrentaram um tempo difícil, respirando e transmitindo a arte com maestria.
A cordialidade, a sensibilidade somada ao intelecto continua sendo primordial aos avanços e a qualidade.

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